30 de mar. de 2007

Quase absurdo

O professor chamou a aluna, Ana, à frente e pediu que ela fizesse a ponta de um lápis que colocou em suas mãos. Ela respondeu que não tinha apontador e perguntou pra sala toda se alguém, por acaso, tinha um apontador para que ela pudesse fazer o favor que o professor havia pedido. Ninguém tinha. Não? Apontador, não? E uma faca? Um estilete? Uma boca disposta a gastar um pouco seus dentes? Nada?

Nada.

O professor expulsou ela da escola e todo mundo ficou feliz porque Ana era chata pra cacete e nunca dividia o bolo de chocolate que costumava levar para comer no recreio.

(Nota: Troquem a escola pela vida, Ana por um criminoso, o professor pelo Estado, a ponta do lápis pelo aperfeiçoamento moral do indivíduo, o apontador pela educação e a expulsão pela pena de morte. E lembrem-se: no Brasil não tem nem boca disposta a gastar os dentes, que dirá escola pra Ana, coitada...)

4 comentários:

Anônimo disse...

Bah Netão, forçada essa hein??

=P

Anônimo disse...

voce é chato pra cacete tiop nem é tiop é sim cara chato pra cacete valeo participaçao car abraços

Anônimo disse...

Porra, o texto foi engraçado e a nota foi emocionante. Só ficaria melhor se ao invés de Ana fosse Neto ok.

Pedro Vendetta disse...

Parabéns, por um acaso encontrei seu blog em uma pesquisa sobre um tragediografo grego, nada é por acaso na verdade.
Bom texto e critica social.
Espero que mantenha-se aqui postando....

Faz muito tempo seu ultimo post, mas gostaria se saber sobre sua escrita.
Obrigado
Matias