1 de out. de 2006

Ironia!

Acabei de assistir, dessa vez na íntegra e analiticamente, Laranja Mecânica. E agora penso sobre a ironia.

Ninguém pode tirar o mérito de Stanley Kubrick, e muito menos a liberdade de um diretor sobre o roteiro que ele possui. Mas a brincadeirinha de cortar o final original da obra não começou com o filme - e, como eu disse, mesmo que tivesse começado por lá, é direito do diretor.

"Ah não, Titanic NÃO!!"

O problema é que a edição americana de Laranja Mecânica (provavelmente a versão que Stanley usou) cortou o último capítulo pra "manter a coerência". Batendo prolixamente na mesma tecla: filme é do diretor, F-I-L-M-E. Mas o LIVRO não. No final das contas, uma obra que fala, entre várias coisas, de liberdade de escolha é podada. Ou seja, o leitor não tem direito de escolher o melhor final. Que ironia, não? Antony Burgess deve estar se revirando no túmulo.

2 comentários:

Anônimo disse...

*finalmente entende os motivos q levam os minutos finais a tela de apresentação*

Elisa disse...

Odeio quando os filmes não condizem com os livros. Sempre que eu leio o livro antes, acabo não gostando do filme. O único que o filme é tão bom quanto o livro (tirando o fato de que ler é mais prazeroso) é O Senhor dos Anéis. (L)